01 setembro 2007
28 agosto 2007
18 agosto 2007
01 março 2007
E Viva a Lasanha!!
Depois de chamar a atenção para o facto de que raramente se conhece um atleta que tenha chegado aos 80 anos e citar personalidades longevas que nunca fizeram ginástica ou exercício o humorista arrematou com um exemplo da fauna:
20 fevereiro 2007
Acabou-se a boa vida se...
- Há mais comida do que cerveja no frigorífico;
- 6h00 da manhã é quando acordas e não quando vais dormir;
- A tua música favorita toca num elevador;
- Levas sempre um guarda-chuva e dás a maior importância à previsão do tempo;
- Os teus amigos casam-se e divorciam-se em vez de começarem e terminarem;
- As tuas férias caem de 130 para 15 dias por ano;
- Jeans e T-Shirt já não são considerados roupa;
- Chamas a polícia porque o filho do vizinho não baixa o som;
- Já não sabes a que horas as roullotes fecham;
- Dormir no sofá dá uma grande dor nas costas;
- Não dormes aquela sestinha do meio-dia às 6 da tarde durante a semana;
- Vais à farmácia comprar Aspirina e anti-ácidos em vez de preservativos e testes de gravidez;
- Tomas o pequeno-almoço à hora do pequeno-almoço;
- 90% do tempo que passas em frente ao computador estás mesmo a trabalhar;
- E o mais importante... Lês este texto e procuras algum sinal que não se aplique!
31 janeiro 2007
We Need You!
Queres curtir um cabriolet?
Queres pisar traços contínuos nas curvas sem ser incomodado?
Queres andar de carro sem cinto de segurança?
Junta-te a nós!
ALISTA-TE... JÁ!"
15 dezembro 2006
28 novembro 2006
24 novembro 2006
Da timidez
Todo mundo é tímido, os que parecem mais tímidos são apenas os mais salientes. Defendo a tese de que ninguém é mais tímido do que o extrovertido. O extrovertido faz questão de chamar atenção para sua extroversão, assim ninguém descobre sua timidez. Já no notoriamente tímido a timidez que usa para disfarçar sua extroversão tem o tamanho de um carro alegórico. Daqueles que sempre quebram na concentração. Segundo minha tese, dentro de cada Elke Maravilha existe um tímido tentando se esconder e dentro de cada tímido existe um exibido gritando "Não me olhem! Não me olhem!" só para chamar a atenção.
O tímido nunca tem a menor dúvida de que, quando entra numa sala, todas as atenções se voltam para ele e para sua timidez espetacular. Se cochicham, é sobre ele. Se riem, é dele. Mentalmente, o tímido nunca entra num lugar. Explode no lugar, mesmo que chegue com a maciez estudada de uma noviça. Para o tímido, não apenas todo mundo mas o próprio destino não pensa em outra coisa a não ser nele e no que pode fazer para embaraçá-lo.
O tímido vive acossado pela catástrofe possível. Vai tropeçar e cair e levar junto a anfitriã. Vai ser acusado do que não fez, vai descobrir que estava com a braguilha aberta o tempo todo. E tem certeza de que cedo ou tarde vai acontecer o que o tímido mais teme, o que tira o seu sono e apavora os seus dias: alguém vai lhe passar a palavra.
O tímido tenta se convencer de que só tem problemas com multidões, mas isto não é vantagem. Para o tímido, duas pessoas são urna multidão. Quando não consegue escapar e se vê diante de uma platéia, o tímido não pensa nos membros da platéia como indivíduos. Multiplica-os por quatro, pois cada indivíduo tem dois olhos e dois ouvidos. Quatro vias, portanto, para receber suas gafes. Não adianta pedir para a platéia fechar os olhos, ou tapar um olho e um ouvido para cortar o desconforto do tímido pela metade. Nada adianta. O tímido, em suma, é uma pessoa convencida de que é o centro do Universo, e que seu vexame ainda será lembrado quando as estrelas virarem pó.
Luís Fernando Veríssimo
08 novembro 2006
A day in the life of...
06 novembro 2006
13 outubro 2006
Internamentos SNS
Correia de Campos, ontem,à RTP:
"5 euros é muito? Sabe quanto é que um português paga pelo seu maço de tabaco? 3euros e 20cents... Sabe quanto é que paga para ir ao cinema? 5euros e meio!"
(qq coisa assim do género)
Bem, como eu não fumo e como já não vou ao cinema há mais de meio ano, justamente por ser caro, fico feliz por saber que se partir o osso da minhoca e precisar de ficar internado não vou pagar "renda"...
Um abraço, senhor ministro! :)
(sei que me ouve, sei que todos vós nesse maravilhoso edifício chamado Assembleia da República são fãs deste modesto DEGREDO. Aproveito para agradecer as cartas de incentivo :)
Parlamento comemora adesão ao Conselho da Europa com buffet de luxo
Mas a festa está garantida.
Depois de uma sessão comemorativa, cujo programa não está divulgado na página oficial da AR (ao contrário do que acontece com todos os outros eventos promovidos pelo Parlamento), será servido um almoço de luxo, que custará 147,33 euros por pessoa. Mais IVA. Muito mais que os 50 euros cobrados, em ocasiões especiais, pela empresa que gere o restaurante do edifício novo da AR.
É quanto vale a “experiência gastronómica” proporcionada pelo chef Luís Baena, um dos mais premiados cozinheiros portugueses a nível internacional e um velho “amigo” de Jaime Gama, responsável por inúmeros serviços de catering para o Protocolo português, quando o actual presidente da AR era ministro dos Negócios Estrangeiros.
A efeméride está discretamente assinalada no site do Parlamento na rubrica Agenda do Presidente. Como se se tratasse de uma cerimónia externa à AR, quando na verdade é uma iniciativa organizada pelo próprio presidente, Jaime Gama, e que decorre ali mesmo, no Palácio de São Bento.
Não há informação complementar nem qualquer comunicado à imprensa. Os grupos parlamentares não dispõem de informação sobre o assunto. Nem os membros do conselho de administração, responsáveis pelos dinheiros do Parlamento.
Em declarações ao PÚBLICO, a secretária-geral da AR, Adelina Sá Carvalho, rejeita o carácter restrito das comemorações: “Houve a preocupação de convidar o maior número possível de pessoas, foram enviados cerca de uma centena de convites.” No entanto, cerca de metade ficaram sem resposta ou tiveram resposta negativa. Como aconteceu com o do presidente da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa ou o do secretário-geral da organização.
Ontem apenas estavam confirmadas 46 presenças.
“Experiência gastronómica”
Assumidamente, o ponto alto das comemorações é o almoço volante que se seguem às intervenções. Adelina Sá Carvalho disse mesmo ao PÚBLICO que lamenta não haver mais confirmações: “Temos pena que não haja mais pessoas a usufruir desta experiência gastronómica [que será proporcionada pelo chef Luís Baena]”.
O cozinheiro que integrou, por exemplo, a equipa que assegurou o catering para os 4000 convidados da cerimónia protocolar de transferência de Hong Kong à China, em
1997, foi convidado directamente pela secretaria-geral da AR para apresentar uma proposta de serviço para um número inicial de 100 pessoas. Foi o que fez: sugeriu
um buffet que agradou aos anfitriões por um preço considerado “adequado” para o serviço: 147,33 euros por pessoa, mais IVA.
O preço total apresentado ascendia a 16.500 euros, já com IVA. O que obrigaria a uma aprovação pelo Conselho de Administração da AR, que se reúne na véspera do evento. Mas como o valor real ficará abaixo dos 12.500 euros, devido ao menor número de convidados, essa formalidade fica dispensada.
A ausência de consulta a três empresas do mercado também não levanta qualquer problema jurídico, garante Adelina Sá Carvalho. “Não é matéria sujeita a consultas, porque não existe um caderno de encargos”, frisa. “É como comprar um quadro”, compara: “Se quero aquele quadro, não peço preços a artistas diferentes.” De facto, a arte culinária de Baena fica patente no seu curriculum, onde se assinala ter já sido chefe executivo em hotéis de cinco estrelas de marcas como Hilton, Meridien, Mariott, Westin e Ceaser Park, bem como em luxuosos cruzeiros da companhia Fearnlei & Eager e V. Ships.
Num tom modesto, Luís Baena desvaloriza a escolha que recaiu sobre si. “Não fui contactado a nível pessoal, foi através da Quinta de Catralvos, para a qual trabalho”, afirmou ao PÚBLICO, frisando desconhecer o valor envolvido. O que rejeita é ser amigo do presidente da AR: “Nunca tive nenhum contacto pessoal com Jaime Gama, sempre que trabalhei para o Protocolo de Estado falava com uma senhora responsável pelas contratações.”
Adelina Sá Carvalho reconhece que não é hábito da AR fazer este tipo de banquetes. “Usamos normalmente a empresa do restaurante do edifício novo”, afirma. Uma empresa que, sabe o PÚBLICO, presta este tipo de serviços por preços que oscilam entre os 30 e os 40 euros por pessoa. Excepcionalmente, para serviços especiais, pode atingir os 50 euros por convidado. “Mas de vez em quando gostamos de convidar chefes portugueses, para divulgação do seu trabalho e da gastronomia portuguesa”, afirma Adelina Sá Carvalho. E garante: “Tencionamos voltar a fazê-lo.”
PÚBLICO•TERÇA-FEIRA, 10 OUTUBRO 2006 -
LEONETE BOTELHO
25 setembro 2006
A Aliança
Ele estava voltando para casa como fazia, com fidelidade rotineira, todos os dias à mesma hora. Um homem dos seus 40 anos, naquela idade em que já sabe que nunca será o dono de um cassino em Samarkand, com diamantes nos dentes, mas ainda pode esperar algumas surpresas da vida, como ganhar na loto ou furar-lhe um pneu. Furou-lhe um pneu. Com dificuldade ele encostou o carro no meio-fio e preparou-se para a batalha contra o macaco, não um dos grandes macacos que o desafiavam no jângal dos seus sonhos de infância, mas o macaco do seu carro tamanho médio, que provavelmente não funcionaria, resignação e reticências... Conseguiu fazer o macaco funcionar, ergueu o carro, trocou o pneu e já estava fechando o porta-malas quando a sua aliança escorregou pelo dedo sujo de óleo e caiu no chão. Ele deu um passo para pegar a aliança do asfalto, mas sem querer a chutou. A aliança bateu na roda de um carro que passava e voou para um bueiro. Onde desapareceu diante dos seus olhos, nos quais ele custou a acreditar. Limpou as mãos o melhor que pôde, entrou no carro e seguiu para casa. Começou a pensar no que diria para a mulher. Imaginou a cena. Ele entrando em casa e respondendo às perguntas da mulher antes de ela fazê-las.
— Você não sabe o que me aconteceu!
— O quê?
— Uma coisa incrível.
— O quê?
— Contando ninguém acredita.
— Conta!
— Você não nota nada de diferente em mim? Não está faltando nada?
— Não.
— Olhe.
E ele mostraria o dedo da aliança, sem a aliança.
— O que aconteceu?
E ele contaria. Tudo, exatamente como acontecera. O macaco. O óleo. A aliança no asfalto. O chute involuntário. E a aliança voando para o bueiro e desaparecendo.
— Que coisa - diria a mulher, calmamente.
— Não é difícil de acreditar?
— Não. É perfeitamente possível.
— Pois é. Eu...
— SEU CRETINO!
— Meu bem...
— Está me achando com cara de boba? De palhaça? Eu sei o que aconteceu com essa aliança. Você tirou do dedo para namorar. É ou não é? Para fazer um programa. Chega em casa a esta hora e ainda tem a cara-de-pau de inventar uma história em que só um imbecil acreditaria.
— Mas, meu bem...
— Eu sei onde está essa aliança. Perdida no tapete felpudo de algum motel. Dentro do ralo de alguma banheira redonda. Seu sem-vergonha!
E ela sairia de casa, com as crianças, sem querer ouvir explicações.
— Que fim levou a sua aliança? E ele disse:
— Tirei para namorar. Para fazer um programa. E perdi no motel. Pronto. Não tenho desculpas. Se você quiser encerrar nosso casamento agora, eu compreenderei.
Ela fez cara de choro. Depois correu para o quarto e bateu com a porta. Dez minutos depois reapareceu. Disse que aquilo significava uma crise no casamento deles, mas que eles, com bom-senso, a venceriam.
— O mais importante é que você não mentiu pra mim.
E foi tratar do jantar.
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Luís Fernando Veríssimo
Texto extraído do livro "As mentiras que os homens contam", Editora Objetiva - Rio de Janeiro, 2000, pp. 37.
12 setembro 2006
Uma tese é uma tese
Sim, uma tese é defendida. Ela é feita para ser atacada pela banca, que são aquelas pessoas que gostam de botar banca.
As teses são todas maravilhosas. Em tese. Você acompanha uma pessoa meses, anos, séculos, defendendo uma tese. Palpitantes assuntos. Tem tese que não acaba nunca, que acompanha o elemento para a velhice. Tem até teses pós-morte.
O mais interessante na tese é que, quando nos contam, são maravilhosas, intrigantes. A gente fica curiosa, acompanha o sofrimento do autor, anos a fio. Aí ele publica, te dá uma cópia e é sempre - sempre - uma decepção. Em tese. Impossível ler uma tese de cabo a rabo. São chatíssimas.
É uma pena que as teses sejam escritas apenas para o julgamento da banca circunspecta, sisuda e compenetrada em si mesma. E nós?
Escrever uma tese é quase um voto de pobreza que a pessoa se autodecreta. O mundo pára, o dinheiro entra apertado, os filhos são abandonados, o marido que se vire. Estou acabando a tese. Essa frase significa que a pessoa vai sair do mundo. Não por alguns dias, mas anos. Tem gente que nunca mais volta.
E, depois de terminada a tese, tem a revisão da tese, depois tem a defesa da tese. E, depois da defesa, tem a publicação. E, é claro, intelectual que se preze, logo em seguida embarca noutra tese. São os profissionais, em tese.
O pior é quando convidam a gente para assistir à defesa. Meu Deus, que sono. Não em tese, na prática mesmo.
É pra não entender, mesmo. Tem de ser formatada assim. Que na Sorbonne é assim, que em Coimbra também. Na Sorbonne, desde 1257. Em Coimbra, mais moderna, desde 1290. Em tese (e na prática) são 700 anos de muita tese e pouca prática. Acho que, nas teses, tinha de ter uma norma em que, além da tese, o elemento teria de fazer também uma tesão (tese grande).
Ou seja, uma versão para nós, pobres teóricos ignorantes.Ou seja, o elemento (ou a elementa) passa a vida a estudar um assunto que nos interessa e nada. Pra quê? Pra virar mestre, doutor? E daí? Se ele estudou tanto aquilo, acho impossível que ele não queira que a gente saiba a que conclusões chegou.
E tem mais: as bolsas para os que defendem as teses são uma pobreza. Tem viagens, compra de livros caros, horas na Internet da vida, separações, pensão para os filhos que a mulher levou embora. É, defender uma tese é mesmo um voto de pobreza, já diria São Francisco de Assis. Em tese.
Tenho um casal de amigos que há uns dez anos prepara suas teses. Cada um, uma. Dia desses a filha, de 10 anos, no café da manhã, ameaçou:
- Não vou mais estudar! Não vou mais na escola.
Os dois pararam - momentaneamente - de pensar nas teses.
- O quê? Pirou?
- Quero estudar mais, não. Olha vocês dois. Não fazem mais nada na vida. É só a tese, a tese, a tese. Não pode comprar bicicleta por causa da tese. A gente não pode ir para a praia por causa da tese. Tudo é pra quando acabar a tese. Até trocar o pano do sofá. Se eu estudar vou acabar numa tese. Quero estudar mais, não. Não me deixam nem mexer mais no computador. Vocês acham mesmo que eu vou deletar a tese de vocês?
Pensando bem, até que não é uma má idéia! Quando é que alguém vai ter a prática idéia de escrever uma tese sobre a tese?
Acho que seria uma tesão.
Mário Prata (encurtado, full version aqui)
27 agosto 2006
Onde tu te meteste...
01 agosto 2006
De Borla...
É que não havia necessidade, já dizia o saudoso Diácono Remédios...E ainda falam do doping. Deviam era olhar para estes casos.
13 julho 2006
09 julho 2006
Adeus, Freitas!!
20 junho 2006
Maridos e Mulheres
Acaba de ser inaugurada, em New York, a *The Husband Store*, uma nova e incrível loja, onde as damas vão escolher um marido. À entrada, as clientes recebem instruções de como a loja funciona: "Você pode visitar a loja APENAS UMA VEZ! São seis andares e os atributos dos maridos à venda melhoram à medida que você sobe os andares. Mas há uma restrição - SÓ PODE SUBIR, NÃO PODE DESCER, a não ser para sair da loja, directamente para a rua".
A Loja de Mulheres
Pouco tempo depois abriu uma outra loja do outro lado da rua, a *The Wife Store*, também com seis andares e idêntico regulamento para os compradores masculinos.
17 junho 2006
Libêrá Gêrau
São assim tão poucas as pessoas que acham que estes tipos deviam prestar outro tipo de contas à malta?
09 junho 2006
08 junho 2006
Superstições Idiotas
05 junho 2006
Migas e Camaradas
A Sofia ia a sair da cabeleireira e encontrou a Patrícia:
Patrícia sai pensando: "Como esta gaja ficou ridícula com aquele corte de cabelo! Será que ela não se vê ao espelho?"
A VERDADEIRA AMIZADE MASCULINA
O Luís ia a sair do barbeiro e encontra-se com o Pedro:
Pedro sai pensando:"Este gajo, pah... cinco estrelas!"
16 maio 2006
Captação Leonina!
Dás uns toques na bola?
És um brinca-na-areia?
Achas que tens talento para vir a ser o Eusébio, o Platini ou o Martin Pringle do futuro?
Não gostas da escola?
Gostas é de penteados futuristas e sobrancelhas tipo código-de-barras?
Falas com a boca de lado (à imagem do Simão ou do Cristiano Ronaldo a fazer aquele anúncio)?
no Sporting Clube Portugal!
SCP - Um clube em que:
- é raríssimo estar mais de 18 anos sem ganhar nada;
- podes fazer meia época de classe, ser vendido ao Barcelona, e depois regressar para um dos rivais e ser o ídolo deles;
- terás a oportunidade de enfiar a mão no cabelo do Paulo Bento e desfazer-lhe a merda do risco-ao-meio!
- se dedicares toda a tua alma e coração ao clube terás direito a uma despedida condigna! (como o Pedro Barbosa, o Beto, o Rui Jorge e, agora, o Sá Pinto)
Treino de Captação
- Sporting Clube de Portugal -
dia 31 de Fevereiro (a seguir à hora do chá)
10 maio 2006
This is the Exile!
E, agora que se aproxima o verão, aqui ficam mais algumas dicas de serviço público - desta vez, uma catrefada de traduções em inglês (bife) de algumas daquelas expressões que podem fazer a diferença entre ter aquilo na ponta da tua língua, ou ter aquilo na ponta da língua delas(es)...
I DO NOT SEE THE TIP OF A HORN: Não vejo a ponta dum corno
CHANGE THE WATER TO THE OLIVES: Mudar a água às azeitonas
THAT STAYS IN JUDAS'ASS: Isso fica no cú do Judas
IF YOU DON'T DOORS WELL, YOU ARE HERE YOU ARE TAKING: Se não te portas bem, tás aqui tás a levar
PUT YOURSELF IN THE EYE OF THE STREET: Põe-te no olho da rua
PUT YOURSELF AT STICK: Põe-te a pau
PUT YOURSELF AT MILES: Põe-te a milhas
PUT YOURSELF IN THE "LITTLE FEMALE GARLICK": Põe-te na alheta
GIVE IN THE VIEWS: Dar nas vistas
DAY OF SAINT NEVER IN THE AFTERNOON: Dia de S. Nunca à Tarde
OH, SHOVEL: Oh pá
BAD MARY: Mau Maria
AS GOOD AS THE CORN: Boa como o milho
I'D JUMP INTO HER SPINE: Saltava-lhe para a espinha
EVEN THE TOMATOES FELL INTO THE GROUND: Até os tomates cairam ao chão
YOU ARE ARMING AT FACESTICK OF RACE: Estás armado em carapau de corrida
I AM DONE TO THE STEAK: Estou feito ao bife
THIN AS A GARLICK: Fino como um alho
THROW A MOUTH: Mandar uma boca
CRACK THE PEACH TREE: Esgalhar o pessegueiro
A GIRL ALL PEALED: Uma miuda toda descascada
LOOKS LIKE A DONKEY LOOKING AT A PALACE: Parece um burro a olhar para um palácio
SWITCH-PAINTS: Troca-tintas
TO BE IN THE PAINTS: Estar-se nas tintas
PASS BY THE ASHES: Passar pelas brasas
WHICH WHAT WHICH CAP: Qual quê qual carapuça
THINGS OF THE ARCH OF THE OLD WOMAN: Coisas do arco da velha
IT NEEDS TO HAVE CAN: É preciso ter lata
UNTIL THE VIEW: Até à vista
WITH MY BEST MEASUREMENTS: com os meus melhores cumprimentos
09 maio 2006
VENDE-SE ou ALUGA-SE
24 abril 2006
22 abril 2006
Mente Sã, em corpo assim-assim...
Alguém fazia ideia? Nunca tal coisa me tinha passado pela cabeça...
Muito obrigado ao jornal a quem o Correio da Manhã, 24 Horas e JN já deram as boas-vindas ao C.P.P. ("Clube dos Popularuchos Portugueses").
- Faça contas de cabeça enquanto espera na fila dos CTT para recolher a pensão de 22 contos e 800;
- No fim da "suecada", elabore um gráfico que traduza a sua performance ao longo de toda a tarde, relacionando-a com a variável "copos de Tintinho bebidos";
- Compre um computador, assine ADSL e passe a pagar as contas pela Internet;
- Escreva um poema acerca daquela moça a quem viu um bocadinho do joelho, há 57 anos, e de como não resistiu a correr p'rá "casa-do-moinho" puxar as peles da minhoca p'ra trás;
- Não hesite em dar o PIN da sua caderneta a esse senhor bem-vestido que lhe bateu à porta esta manhã a dizer que era das Finanças - mas, só pela brincadeira, dê-lhe o PIN em numeração romana;
- Peça ao seu farmacêutico para lhe explicar a diferença entre o genérico e o de marca em latim;
- Faça um cálculo probabilístico acerca das possibilidades que o Marcel tem de algum dia vir a marcar um golo pelo Benfica - mesmo que esteja em fora-de-jogo e o árbitro já tenha apitado;
- Conduzir é uma actividade bastante estimulante. Por isso, faça-se à estrada!: a sua agilidade mental é bem mais importante do que a comodidade ou a segurança dos outros condutores;
- Já agora, tente memorizar todas as matrículas de todos esses carros que vêm em sentido contrário, a alta-velocidade e a buzinar freneticamente;
- Não perca um "Preço Certo em Euros" e partindo da evolução do peso do Apresentador, calcule uma estimativa de quantos mais quilos ele pesará no final do programa de hoje;
- Leia Immanuel Kant, Friedrich Nietzche e José Gil e procure formas de aplicar os seus ensinamentos a sketches d'"Os Malucos do Riso";
- Veja a programação e, sobretudo, os noticiários da SIC e TVI tirando, logo de seguida, uma sesta - porque demasiado esforço intelectual também pode ser prejudicial...
04 abril 2006
Piratas?
Na entrevista a um tal de John Kennedy, conhecido como "caça-piratas" ficamos a saber que a Federação Internacional da Indústria Fonográfica, vai procurar junto dos ISP's (Netcabo, ADSL etc.), a identidade das pessoas que andaram a movimentar músicas dos programas de P2P (eMule, Kazaa etc.). É como numa manifestação, a polícia agarra os primeiros que aparecem, dão-lhe três vergastadas, prendem-no e os outros todos ficam assustados...
Os felizes contemplados receberão cartas em casa, "convidando-os a pagar multas que podem ascender aos 5000 euros, caso contrário serão alvos de processo judicial" - isto por violação dos direitos de autor - vulgo, pirataria.
Esta é forte...
Estes desgraçados mereciam ir para "O Degredo" de imediato, mas não tive tempo de escrever. Entretanto, algum anónimo tirou-me as palavras dos dedos e publicou um "Manifesto", cuja leitura recomendo vivamente a todos vós, quer isto vos diga directamente respeito ou não.
Já leram?
Ok, siga com algumas citações de John Kennedy que não podem deixar de ficar imortalizadas neste noss'O Degredo:
"Estamos perante uma verdadeira batalha para salvar a música portuguesa."
-- Qual défice, qual segurança social? Urgente é mas é salvar a música portuguesa...O que era dos nossos dias sem os "Sinais" do Paulo Gonzo, do "Eu estou aqui" do Pedro Abrunhosa ou de qualquer coisa vinda dos The Gift? Nem quero imaginar...
Já agora, sabem que quando compram um CD virgem, mesmo que seja para gravar os trabalhos da faculdade, estão a dar algum que vai ser encaminhado para "compensar" as editoras?
Entretanto, hoje, na prometida conferência de imprensa, os energúmenos adiantaram ter encontrados 28 mártires que, assim que a PJ descobrir o nome por detrás do IP...
O assunto não fica por aqui...
30 março 2006
O Processo de Bolonha
Faz apelo à urgência de enfrentar as exigências da competitividade internacional do sistema do ensino, espera pela cooperação voluntária das Universidades de toda a Europa no sentido de organizar uma rede forte e coerente, que responda às novas exigências do conhecimento científico numa sociedade que se pretende estável e democrática.
Tenta, de alguma forma, estabelecer um conjunto de objectivos e de iniciativas destinado à construção de um espaço Europeu de ensino superior, atractivo e competitivo no plano internacional e a assegurar a mobilidade e a empregabilidade na Europa, fazendo face ao sistema norte-americano.
Além de insistir nos dois ciclos, o primeiro com o mínimo de três anos, tendo sobretudo em vista o mercado de trabalho, valoriza o sistema de créditos como dinamizador da mobilidade, que se pretende cada vez maior, dos estudantes ao longo do processo de aprendizagem.
Os governos nacionais, da totalidade dos países Europeus têm vindo a produzir legislação destinada a reorganizar a formação superior universitária e politécnica em conformidade com os princípios orientadores do Processo de Bolonha.
Portugal já estabeleceu os princípios reguladores de instrumentos para a criação do espaço europeu de ensino superior (DL – 42/2005), já definiu as normas técnicas para a apresentação das estruturas curriculares e dos planos de estudos dos cursos superiores (Despacho 10543/2005 – Direcção Geral do Ensino Superior) e aprovou, recentemente, a Lei de Bases do Sistema Educativo que cria o enquadramento legal necessário à concretização dos objectivos do Processo de Bolonha (Lei -49/2005).
Até aqui nenhuma crítica a assinalar. O problema reside no facto de a informação não circular de forma conveniente entre o Ministério da Ciência e Ensino Superior e as diversas instituições de ensino. Porque, ao contrário do que muitos falam (ou gritam), Bolonha não é uma vergonha! Bolonha é uma mão cheia de oportunidades que o país deve aproveitar. Estou em crer que a classe estudantil não se sente indignada com o Processo de Bolonha em si! A afronta vai para a forma como este está a ser implementado! Quando tanto se fala em Choque Tecnológico e desafios de modernidade para o nosso país, é hora de o actual executivo tentar dar a devida importância a um desafio como é Bolonha, podendo, na eventualidade, usar os serviços mais descentralizados da Administração Pública para poder de forma condigna informar quem de direito!
27 março 2006
O "Torcedor Invertebrado"
Uma personagem incontornável do futebol português que tardava em chegar ao noss'O DEGREDO.
Não é tarde nem é cedo... É que acabei de ouvir, em directo, a mais recente malha no Português do ex-treinador do Boavista e Vit. Guimarães. No programa "Depois da Hora", na RTPN, Pacheco confessou-se "um torcedor invertebrado" do Vitória...
Mais uma vaca no milho...
Provavelmente, não fui o único a assistir ao tropeço e será mais uma a acrescentar ao seu portfolio de calinadas, onde já consta, entre outras, a mítica "faca de dois legumes"...
Mas também é possível que pouca gente tenha visto, devido à forte concorrência da SIC Notícias que, ao mesmo tempo, exibe o programa de debate desportivo mais barraqueiro e peixeiro da TV nacional (com Dias Ferreira, Fernando Seara e aquele do Porto que tem cara de pica da CP).
Para quem não conhece, uma pequena biografia do dito cujo:
Jaime Pacheco conquistou o seu espaço no futebol português, como jogador, nos anos 80, destacando-se ao serviço do FC Porto - assimilando na perfeição os valores que regem, desde há décadas, esse digno clube:
- Caneladas,
- Cotoveladas,
- Cabeçadas e
- Rasteiradas.
Como treinador, levou o Boavista ao seu primeiro título de campeão nacional, em 2000/2001.
E mais curiosidades sobre Jaime Pacheco:
- Pelo modelo de jogo que aplica nas equipas por onde passa, muita gente acha que ele passou ao lado de uma grande carreira como treinador de kickboxing tailandês.
- Fonte próxima do treinador desempregado (a sua mãe) diz que "Jimmy" elege como seus filmes favoritos os seguintes títulos:
a)"Paixão de Cristo", porque foi feito utilizando restos de sangue de jogadores seus adversários;
b)"O Resgate do Soldado Ryan", porque a cena após o desembarque na Normandia, em que os soldados procuram os próprios membros estilhaçados no chão, lhe faz lembrar o relvado, logo que o árbitro dá o apito final;
c)a saga "Rocky", apesar de achar aquelas lutas um bocado pró abichanado, sobretudo aquela contra aquele negrão que entrava no "Esquadrão Classe A" ;
d)e "Brokeback Mountain", porque, isso sim, é um filme de homens de barba rija, como ele gosta...
- Os dirigentes do futebol português já preparam o momento da sua retirada. Em sua homenagem, os árbitros passarão a exibir uma fotografia de Jaime Pacheco em vez da cartolina vermelha, cada vez que queiram expulsar um jogador.
23 março 2006
O-Passeio
Talvez já a conheçam pelos seus comentários alegristas aos posts d'O Degredo ou pelos seus textos nos jornais locais de Coimbra - claro, porque "toda a gente sabe quem faz as crónicas do rugby cá em Coimbra"...
Podem encontrar "Os Passeios na Calçada" no url o-passeio.blogspot.com - claramente inspirado no modesto "o-degredo.blogspot.com"...lol
Já agora, sabiam que o url www.degredo.blogspot.com é um blog desactivado que assina:
"Municipio do Magnifico Presidente Machado e dos Diabolicos Funcionarios dos SMTUC. Blogue de cariz satano. Fundado em 1998 (mailing list)"
SMTUC?? O mundo é pequeno...
bem, adiante, boa sorte com o blog, espero que a malta goste de te ler, que seja uma boa forma de te manteres ligada :) E obrigado pelo que escreveste, é tudo recíproco e obrigado por confirmares todos os dias os meus instintos iniciais em relação a ti... Quanto ao que falaste de nos chatearmos, tem atenção, que eu sou um gajo lixado, já tenho cortado com malta por causa de coisas tão singelas como um CD...
xuack (é assim?)
20 março 2006
O Grande Mantorras!!!
14 março 2006
Nova lei de Murphy
10 março 2006
Há esperança!
lamento a pouca actividade recente do blog - é que um dos vossos anfitriões, eu próprio, está mergulhado na elaboração da tese/investigação académica de conclusão da licenciatura - que, como alguns saberão, é sobre VideoJogos.
Para já, tudo está a correr sobre rodas.
O que me surpreendeu largamente foi a adesão das pessoas ao tema, através da resposta ao inquérito, mas não só... O entusiasmo que alguns posts nos fóruns nacionais sobre videojogos geraram põe um sorriso nos lábios de alguém que procura aquela "ignição" para iniciar um trabalho de alguma envergadura...
Alguém dizia ontem que tinha ficado fascinado com os aplausos dos ingleses à equipa do Benfica, depois de terem eliminado o "seu" Liverpool da Liga dos Campeões... Respondi que também temos, por cá, muitas atitudes de "fair-play"...
Sou um optimista disfarçado de pessimista... mas isto só contribui para que me vá caindo a máscara...
Espero corresponder às expectativas daqueles que viram na minha investigação um trabalho oportuno e me deram o seu incentivo.
Vou gastar três páginas nos agradecimentos lol...
05 março 2006
O post mais escusado de sempre...
04 março 2006
S.M.T.U.C.
Já fui utilizador mais assíduo dos transportes públicos em Coimbra do que sou hoje... Tanto que tinha guardado na carteira uma senha de 11 viagens que comprei já em Novembro do ano passado. Era a última viagem que tinha para gastar nessa senha.
Tinha a Susana comigo, que estava mais ou menos na mesma situação.
Ora, estavamos na Baixa, ontem à tarde e, como o tempo ameaçava chuva, corremos até ao Largo da Portagem para apanhar o "11" que encostou à paragem. Passámos as nossas senhas, e sentámo-nos, ofegantes... Tínhamos conseguido: há bens que vêm por mal...
É pouco depois que se aproxima um revisor (em 4 anos a viver cá, um revisor nos SMTUC, pela primeira vez... whatever...) e nós sacámos das senhas para comprovar que as tinhamos passado, à entrada. O tipo vira-se e diz que as nossas "senhas estão fora da validade"... "uh? como assim?"... não levei muito a sério, perguntei: "onde está indicar a validade no cartãozinho?" (não há qualquer indicação desse género)...
- "É que alteraram os tarifários e estas senhas deixaram de ter efeito..."
- "Deixaram de ter efeito?"
- "Sim. Temos colocado avisos nas paragens"
Efectivamente, é assim: há papéis colados nas paragens (nas que têm casota, a que está ao pé de minha casa não há nada - porque é só um pau amarelo espetado no chão).
- "Mas mudam os preços e as senhas anteriores deixam de ter efeito?"
Digam-me lá, isto não é ridículo? Então eu meto 20 euros de gasóleo no carro e se no dia a seguir ele sobe de preço, deixo de poder andar na rua? A TMN sobe muda os tarifários e deixas de poder telefonar? Isto faz sentido na cabeça de alguém? Eu comprei X viagens por Y euros, na altura pareceu-me bom negócio, se calhar se fosse 50cents ou um euro mais caro estava no direito de não querer fazer negócio... Caricaturando a coisa, é mais ou menos isso...
Ainda se dissesse no cartão: "Válido até 31/12/2005" talvez aí ele tivesse bases para nos foder o juízo.
O desgraçado do homem continuou a dizer o mesmo, enquanto nós lhe tentávamos explicar a nossa posição: que não fazíamos ideia e que "não lêmos nada porque viémos a correr para o autocarro" - mas isto era só para ver se não nos chateávamos, porque acho que nem é necessário nenhum argumento deste género... É aí que o gajo se vira, vai com a mão direita ao bolso de trás das calças enquanto diz que nos vai "AUTUAR EM 52 EUROS CADA UM" (!!!)
- "O senhor deve estar a brincar comigo!"
- "Não, não andamos aqui a brincar com as pessoas!" respondeu ele, arrogante como a merda.
Presumo que 52euros é a multa que alguém paga se trepar no autocarro e, propositadamente, não passar a senha... Merecíamos o mesmo castigo, pelos vistos...
Entretanto, por alguma razão, e acho que se assim não fosse tinha-lhe saltado em cima e feito polpa de tomate com a cara dele, o gajo disse-nos para ir comprar duas senhas ao condutor (1,50euro cada) e que a coisa ficava por ali. A Susana ainda barafustou, mas o melhor era calar e meter o dedo ao bolso pequeno das calças e tirar 600 paus. Ainda me travei de razões com o tipo, antes de ele sair na paragem seguinte, onde saiu para apanhar o próximo autocarro que viesse, e aí, repetir o processo... Era aquilo o dia dele, há que dar o desconto pela frustração e arrogância...
Então um indivíduo aterra em Lisboa vindo da Dinamarca, onde esteve durante os últimos 6 meses,
desce do comboio em Coimbra,
vê um autocarro que lhe serve,
desata a correr,
consegue chegar a tempo de trepar nele,
passa uma senha que tinha na carteira sem prazo de validade,
A MÁQUINA VALIDA A SENHA!!!! e indica o número de viagens que restam,
senta-se num lugar (quando há),
e vem um arrogantezito frustrado autuá-lo em 52 euros??????
É nestas pequenas merdas do dia-a-dia que o cidadão vai sendo enrabado e acaba por não se querer chatear porque, claro, só um maluco ou alguém envolvido numa situação gravíssima é que enfrenta uma destas instituições públicas/municipalizadas. Mas já se sabe, num país em crise, as pessoas tendem a pôr a moral de lado e transformam-se em animais em estado de sobrevivência...
Como dizia o outro "Ou prosperidade ou guerra"...
23 fevereiro 2006
Casamento entre Homossexuais
Sempre me ensinaram que a Constituição da Républica Portuguesa é o documento fundamental da país. Contudo, algumas dúvidas me surgiram a esse respeito, quando lia a última edição do Expresso um artigo sobre os casamentos entre homossexuais em Portugal. Que país é este em que vivemos, que proíbe os casamentos gay quando a nossa CRP, apelidada como uma das mais vanguardistas de todo o mundo, no seu artigo 13.º diz que "todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei..." Não obstante este facto, o nosso Código Civil, no artigo 1577, define o casamento como um "contrato celebrado entre duas pessoas de sexo diferente que pretendem constituir família mediante uma plena comunhão de vida"
É por tudo isto que acho que a Lena e a Teresa, as mais recentes estrelas da TV em Portugal têm muita razão ao alegarem que a recusa em lhes celebrarem o matrimónio é, obviamente, inconstitucional.
A sondagem...
Uma sondagem realizada para o Expresso, indicou que devem existir em Portugal cerca de 1 milhão de homossexuais, cerca de 9,9%. Confesso que não fazia ideia que fossem tantos, mas o que mais me espanta é a forma como a classe politica, e sobretudo a de direita, tem tratado este problema. É que deixar este tema de lado dá grandes mostras da sociedade retrógrada em que vivemos. É natural que as raizes católicas em que assenta a nossa sociedade também ajudam muito para que isto aconteça! Um belo exemplo: a homofobia dos portugueses é tal que chega ao ponto de acharem que o desempenho profissional varia conforme a orientação sexual!! Uma das mulheres refere mesmo, na revista, o seguinte: "Quando preenchi um formulário de emprego e coloquei o nome da Teresa no espaço reservado ao cônjuge, a entidade empregadora rasgou o formulário na minha cara"
A classe politica
Não posso finalizar sem deixar uma palavra de profundo desagrado perante alguns políticos de direita, ao assumirem uma posição extremamente conservadora. No caso concreto, Nuno Melo. Como se já não bastassse o penteado do homem, teve a "ousadia" de dizer, em plena Assembleia da Républica, julgo eu, algo como isto:
"o Código Civil não proíbe o casamento a homossexuais - proíbe é o casamento entre pessoas do mesmo sexo"
Mas a melhor é mesmo da nossa "Dama de Ferro" Manuela Ferreira Leite, pessoa que eu nem sabia ser tão atenta a estes problemas que pouco se relacionam com o PEC ou o défice das contas do estado. Em entrevista à RR, afirmou acerca dos casamentos homosexuais que é "absolutamente aberrante pensar que as regulações, direitos (...) possam ser os mesmos. Não podem é ter os mesmos direitos que o casamento..."
Meia década de... mentiras
A ridícula imprensa desportiva portuguesa já mereceu a atenção d'"O Degredo" em outras ocasiões. Desta feita, aproveito para divulgar o site "RECORD - Meia década de...mentiras". Dois abnegados moços, mOrpheus e VVolverine, reuniram algumas das 1ª páginas mais rídiculas alguma vez publicadas no Record. É por estas e por outras que em Julho, Agosto, Dezembro e Janeiro, surge o chamado "Circo das Transferências". Visitem e riam-se um bocado com estas manchetes que nos fazem pensar que estes jornais são escritos por uma equipa de criativos que se põem a jogar Football Manager e depois colocam os seus jogadores favoritos nos clubes portugueses, ou melhor, no Benfica, aí é que vende... Parabéns aos criadores, ainda que este design deixe muito, mas muito, a desejar...
18 fevereiro 2006
Parabéns 'bro!
17 fevereiro 2006
P'ra finalizar o tema Cavaco
Eu prometo não mais falar do nosso futuro PR, pelo menos nos próximos tempos!!
Uma saudação muito especial ao Leandro, companheiro de sempre. A ti um grande abraço e espero que sejas mais um frequentador deste nosso espaço.